Um novo livro:

DETERGENTE


Este novo livro de Ruy Ventura - poema ou diálogo entre duas figuras (João, que transita do "Contramina", e Raul, que poderia ser Brandão) - parte de duas frases. Uma é de Ruy Belo - "Odeio este meu tempo detergente" - e a outra é de Cesário Verde - "O obstáculo ou depura ou torna-nos perversos". É dedicado a Nuno Matos Duarte, Rui Almeida e Levi Condinho - e presta homenagem a Carlos Garcia de Castro e Filipa Barata.
O texto lê-se ou ouve-se ao som de Messiaen - "Quatuor pour la Fin du Temps" - num edifício em meia construção, mas já abandonado. Entre Raul, que afirma: "Nascem no mesmo dia a força e a pobreza. [...] Perco-me e assim quebro, parto, a madeira da vivenda que deixou de ser habitação." E João, que responde: "Meu peso não deixará vestígios. Peregrino, suspendo os passos. Deixo aberto a mina de água, sabendo de antemão que a fonte secou ou escolheu outra nascente."
Como os poemas e os livros só valem a pena se forem lidos - e dado que só daqui por algum tempo a publicação estará disponível nalgum circuito livreiro - sugere-se a encomenda de um dos 50 exemplares que, na mão do autor, estão disponíveis. Basta o envio de um mail para ventura.1973@gmail.com e o assunto será tratado. 
Este poema, agora editado pela Licorne, de Évora, e valorizado com duas fotos inéditas de Nuno Matos Duarte, será lançado em data e circunstâncias ainda a definir e anunciar. 



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